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sábado, 18 de dezembro de 2010

FORMATURA 2010

No dia 17 de dezembro no auditório da Universidade Estadual do Amapá foi realizada a cerimônia de formatura das turmas da 2º etapa do CESPPM. A cerimônia contou com a participação de educadores, educandos e familiares. O cerimonial foi conduzido pelo Professor Marcivaldo Fernandes e fizeram parte da mesa para a abertura da cerimônia o diretor Raimundo Oliveira, a representante da Secretaria de Educação Neuziane, o diretor-adjunto Admilson Benedito, a coordenadora pedagógica Jucineide Farias, o acessor parlamentar José Mendes, o representante da secretaria da escola Manoel Maria e a professora Neuracy Rocha. A cerimônia celebrou a formatura de 94 educandos de 12 turmas distribuídas entre os turnos da manhã, tarde e noite. Com mais esta formatura a escola contribuiu para a conclusão do nível médio de jovens e adultos que decidiram pelo retorno a escola. Em alguns casos este retorno ocorreu depois de 10 ou 20 anos de afastamento da rede de ensino.
Educandos durante o Hino Nacional
Recebimento do certificado
Educadores e Direção
 Discurso do orador, Danielson Hamilton Paixão de Brito (turma 2112):

Danielson Hamilton Paixão de Brito

“(...) A oportunidade de chegarmos ao ensino médio nos foi dada. Muitos desanimaram por diversos motivos. Muitos tentaram, mas não conseguiram. Convivemos com colegas de grandes experiências de vida que não se detiveram em função da idade ou mesmo em função das diversas dificuldades domésticas, econômicas, sociais e financeiras (...). Estudar para muitos, após anos de ausência da escola, significou o recomeço de um sonho e a realização deste através do processo escolar. Na escola podemos perceber quão gratificante é construir nossa identidade e entender que o conhecimento não é intransferível, mas compartilhado à medida que buscamos e nos deixamos envolver por ele. Este momento não deve ser o fim de uma jornada, mas o início de um novo processo de aprendizagem e busca pela participação mais ativa em nossa sociedade. Nada disso seria possível sem o apoio daqueles que fazem e farão parte da nossa caminhada. Aos nossos pais e familiares pela compreensão e incentivo. Aos professores e coordenadores que com dedicação e paciência nos abriram os horizontes do saber. E aos colegas de classe pelo companheirismo (...)”

sábado, 27 de novembro de 2010

ALUNOS ENTREGAM VÍDEO DE PROJETO PARA MORADORES DO IGARAPÉ DAS MULHERES


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Jonhatan, Idalina, Juciene, Lucy, Telma e Marta

Alunos das turmas 2133 e 2143 encerraram as atividades de 2010 do Projeto Meio Ambiente e Cotidiano entregando DVDs do vídeo Igarapé das Mulheres - Cotidiano e Poluição para parte dos moradores do bairro do Perpétuo Socorro. A satisfação da comuniddae foi demostrada por depoimentos de apoio e agradecimentos pela iniciativa da escola. Os alunos também aproveitaram a manhã para realizar entrevistas sobre a satisfação dos moradores com relação as atividades da escola no bairro. Chamou atenção nas entrevistas as colocações de que os projetos desenvolvidos no bairro são uma forma de aprendizado diferenciado e que poderiam explorar outros temas, como saúde e violência.


“Este trabalho que vocês fizeram foi um ponta pé inicial para a escola se tornar representante da comunidade, pois temos muitos problemas por aqui”. (Depoimento de moradora)

sábado, 20 de novembro de 2010

IGARAPÉ DAS MULHERES É TEMA DE VÍDEO NA ESCOLA


Imagem do Vídeo - Canal
No dia 09/10 os alunos da turma 2143 participaram de um trabalho de campo no bairro Perpétuo Socorro no Igarapé das Mulheres. Durante este trabalho foram aplicadas entrevistas e realizadas filmagens. Como resultado foi apresentado durante a III Mostra Pedagógica do CESPPM o vídeo Igarapé das Mulheres - Cotidiano e Poluição

Imagem do Vídeo - Ronelson (aluno)

O trabalho de campo e o vídeo são atividades do Projeto Meio Ambiente e Cotidiano que tem por objetivo promover atividades de sensibilização sobre a qualidade do meio ambiente, procurando colocar em prática o aprendizado, assim como conhecer os principais problemas ambientais que cercam a  escola.

A participação da comunidade do Igarapé das mulheres nas entrevistas e filmagens foi muito importante, pois só assim a escola pode fazer do educando sujeito do processo de ensino-aprendizagem, levando-o a compreender sua responsabilidade diante das contradições do mundo atual.

Participantes do vídeo - Ronelson, Lucy, Lucia,
Francilene, Verlane, Diane, Juciene, Marta e Patriane (aluno); Fabrício (Profº).
Como forma de agradecimento e retribuição pela colaboração dos moradores, as atividades do Projeto neste ano serão encerradas no próximo dia 27 com a entrega pelos alunos de DVD´s com o vídeo produzido.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

III FEIRA PEDAGÓGICA E CIENTÍFICA


No último dia 22 de outubro, ocorreu em nosso Centro de Estudos a III Feira Pedagógica e Científica, na ocasião nossos alunos, com a orientação de seus professores, tiveram a oportunidade de exporem seus trabalhos realizados durante este ano. Participaram com trabalhos as disciplinas de Sociologia, Filosofia, Biologia, Inglês, Quimica, Matemática, História, Geografia, Física, e as professoras que atendem alunos portadores de necessidades especiais. E ainda tivemos variadas apresentações de palco.
Trabalhos de arte

Grupo Cancan
Adicionar legenda
Sala de Física
Grupo de capoeira
Mosaico da mostra pedagógica - Sociologia
Apresentação musical de Inglês - 2123

sábado, 30 de outubro de 2010

FLANELINHAS E VENDEDORES DE AMENDOIM NO CENTRO DE MACAPÁ (2005)

“Flanelinhas, vendedores de picolé, amendoim e bombons. Dezenas delas vivem espalhadas, principalmente, no centro da cidade, onde o movimento é maior. Ao serem questionados sobre o trabalho, a resposta é uma só: “Eu preciso!”.
Essa é a realidade das crianças e adolescentes que são obrigados a trabalhar, mesmo que isso signifique ficar sem estudar, correr perigo ou mesmo brincar. Apesar de existir leis que as protejam e de um estatuto específico, meninos e meninas com até sete anos, são na maioria das vezes, o único sustento da família.  
Combater fatos como esses é uma das metas do Governo Federal, que em parceria com as prefeituras de todo o país, desenvolve o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), que concede uma bolsa às famílias de crianças e adolescentes em situação de trabalho, que gere riscos a sua saúde e a sua segurança. (...) Mesmo sendo proibido constitucionalmente, estima-se que no Brasil, existam cerca de 3,8 milhões de crianças e adolescentes, com idade entre 5 e 16 anos, trabalhando. Isso prejudica seu desenvolvimento físico, emocional e intelectual.
Duas, em cada 10 crianças trabalhadoras, não freqüentam a escola e, como conseqüência, a taxa de analfabetismo entre elas atinge 20,1%, contra 7,6% no caso das que não trabalham.”
(A GAZETA – Caderno 2. Mais de três milhões de crianças vivem essa realidade. [B-2] Macapá, Domingo, 2 de outubro de 2005)  
No ano de 2005, estimulados pelo cotidiano das crianças e adolecentes que trabalham dia e noite no centro comercial de Macapá, alunos de 1º e 2º etapa do antigo Centro de Estudos Supletivos Emílio Médici, hoje Professor Paulo Melo, pesquisaram durante duas semanas a realidade de vendedores de amendoim, flores, bombons, além de "reparadores" (flanelinhas) e lavadores de carros em uma área de pouco mais de 20 quadras, divididas em oito setores. A pesquisa teve minha orientação e auxilio do corpo técnico e direção da escola.

Setores divididos entre os alunos para acompanharem as crianças e adolecentes que trabalham no centro comercial da cidade.


Veja algumas das conclusões da pesquisa:
Em vermelho, áreas de concentração de trabalho infantil; Em verde, bancos e locais de pagamento; Em azul, principais estabelecimentos comérciais; Em amarelo, áreas de turismo e lazer.

  • Existem vários atrativos para a concentração de crianças e adolescentes no centro de Macapá. As áreas comerciais, os bancos e as áreas de turismo e de lazer possuem diversas atividades que atraem muitos frequentadores, que atraem o trabalho das crianças e adolescentes;
  • Um dos principais fatores que estimula a concentração de crianças no centro é a circulação de dinheiro. Com isso, os bancos tem um importante papel, pois permitem, principalmente em dias de pagamento, a grande disponibilidade de dinheiro para a compra de amendoim, de flores ou de bombons;
  • O trabalho infantil no centro comercial de Macapá deve-se principalmente a falta de oportunidade de emprego dos país e de perspectiva das famílias, além do ócio destas crianças após o horário escolar;
  • As crianças originam-se de bairros próximos do local de trabalho como o Perpétuo Socorro, assim como dos extremos da zona norte e sul da cidade. É desses bairros distantes que muitas crianças e adolecentes utilizam-se das últimas linhas de ônibus para retornar para as suas casas.
  • Dois problemas sérios constatados foram a duração do trabalho e as altas horas de permanência das crianças nas praças Zagury e Beira Rio. Estes problemas ocasionam a ocorrência de violências de toda a espécie, além do esgotamento físico das crianças. Muitas crianças destacaram que dormem durante as aulas após um dia de trabalho.  
Os alunos finalizaram a pesquisa com a apresentação dos resultados na Feira de Intercambio Cutural da SEED, que expõe as atividades desenvolvidas nas escolas do Amapá. Os alunos empenharam-se em alertar sobre este grave problema para a comunidade que visitou a feira.

Os alunos que realizaram a pesquisa foram os seguintes:
 
Daiane da Silva Dias, Heitor dos Santos Martins, Janeth da Silva Leal, Luiza da Silva Macedo, Milena Graça Ferreira, Suane Figueiredo Ferreira, Antonio Wilson Araujo Lobato, Alex Sandro Macedo Nunes, Maria Lucivane S. dos Anjos, Rodrigo Ferreira Frazão, Iraldina da Silva Macedo, Josenilza Alves da Silva, Mariana Gomes Lopes, Cliciane da Silva Souza, Francinete Alves Dutra, Francisca Ilda da Silva Gomes, Helena da Silva Gomes, Joel Fernandes Silva, Alba Michelli Nasc. dos Santos, Andrelina Lopes Pantoja, Augusta Judith Nascimento Furtado, Claudeci Almeida Rodrigues, Jossivam de Jesus Herminio, Lucineide dos Anjos da Silva, Mauro Brito Barbosa, Nauclides Lacerda da Silva, Renildo Gomes da Silva, Rodrilanna Coelho Reis, Ruth Léa Rodrigues de Oliveira, Rizeli Sodre de Miranda e Eudeni Pires Branquinho.

sábado, 5 de junho de 2010

MEIO AMBIENTE E COTIDIANO

Lixo e Urubus na Feira Ana Nery. Foto: Perivaldo - 2143
O projeto objetiva desenvolver a temática ambiental, incentivando a sensibilidade dos educandos sobre os vários desdobramentos desta questão, aplicando-os as três esferas do cotidiano (casa, trabalho e escola). Tem a preocupação de contemplar o ambiente ao meio em que o educando está inserido. Pretende-se fazer isso de forma participativa, visando um aluno capaz de estabelecer relações, interagir, transformar, reelaborar e agir no meio em que vive.

Diante disso, é importante destacar que o Centro de Estudos Supletivos Professor Paulo Melo localiza-se no bairro Central da cidade de Macapá-AP, atendendo a alunos das proximidades, entre eles moradores de bairros carentes de infraestruturas básicas, como sistema de esgoto, abastecimento de água e coleta de lixo. Também é de se destacar aqueles alunos que trabalham no centro comercial da cidade, área que possui os serviços urbanos necessários. Esta convivência dos alunos em áreas distintas permite a existência de uma visão diversificada da questão ambiental, fazendo do desenvolvimento do projeto um exercício de cidadania e da escola uma auxiliadora no processo de construção da consciência ambiental.

Além das esferas cotidianas, o projeto visa desenvolver o entendimento de que no mundo contemporâneo o equilíbrio da natureza e das relações sociais é essencial para a vida. Atualmente, a ordem do dia é a preocupação com a degradação do planeta, condição que provoca a interação entre os níveis local e mundial nos debates sobre soluções para preservar o meio ambiente.

Desse modo, a escola permite que o processo longo e contínuo da discussão ambiental possa se desenvolver junto à comunidade escolar, buscando a mudança espontânea de hábitos e atitudes.

Portanto, a discussão sobre o meio ambiente é muito mais do que conscientizar sobre o lixo e reciclagem, é provocar situações que permitam a comunidade escolar pensar propostas de intervenção no seu cotidiano. Este projeto possui a intenção de ser o elo entre as disciplinas e tornar ainda mais clara a noção de que tudo no meio ambiente é integrado, assim como as condições local e mundial deste debate.


Este blog passará a divulgar as atividades desenvolvidas no projeto. Os exercícios, as discurssões e os registros em vídeos e fotos serão postados toda a semana.